Viajante...
Viajante...
Seus passos peregrinos...
Caminham em busca da primavera.
Quiçá a encontrará atrás de alguma esquina.
Ou num lugar taciturno e sépia.
Não pense que está tua capacidade de amar
Evitará dardos cortantes e frios
E seu coração ferido deixar.
E nem mesmo a melodia da vida...
Se torne numa suave canção
Que o leve a meditar!
Ou mesmo o momento mais fantástico
Que o conduzirá à sua valsa festiva do hoje
E o abraço educado e carinhoso do ontem...
Não impedirá que a casca da ferida
Venha de novo a sangrar.
Assim é a viagem da vida...
Haverá momento de chuvas mansinhas,
E em outros as rajadas de ventos...
Seu telhado destruirá.
Elizabeth Vargas Marcondes