Um Protesto Paraibano
Esta poesia - Um protesto paraibano - foi retirado do livro do autor: PRIMEIRA ANTOLOGIA [ Literatura de Cordel, fábula, poesia e trova ] e foi publicado e divulgado pela Globo, pelo Portal G1 - veja o link da matéria abaixo:
https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/o-que-fazer-em-santos/noticia/2019/03/28/escritor-santista-lanca-livro-com-coletanea-de-obras-premiadas.ghtml
Um protesto paraibano:
Ser escritor é ser de todo, é ser pensador:
De todo diz ser escritor!
Escrever como quem pensa,
mesmo que seja o mais simples sonhador.
Deuses do vernáculo, sofrido e calejado,
amante da leitura, assim seja encorajado!
É pensar mil ideias ó meu senhor.
E escrever todas as linhas sem pudor!
É ter no íntimo, o desejo não a dor.
É pensar e escrever como o criador!
É saciar a sua fome de pensar e criar!
No ébano até o alvor escrever e sentir...
É ponderar até que ache quem quer ouvir!
É escrever e no íntimo se sentir feliz!
Isso é te amar, dessa forma, alucinadamente...
Somos seres espíritos, somos carne e sangue, um só viver.
E falo escrevendo para quem me ouve,
mesmo sabendo que escrevi para todos!
Ignorar não é ser sábio...
Não comer do livro e um escárnio!
Aprender sem me conhecer é maluquice,
mesmo para aqueles que não ouvem o que eu disse!
Assim seja meu senhor!
Que me guarde com amor!
Mas não me faça ir na novena,
como em uma quarentena,
implorar pelo leitor.
Dessa forma sofro no ébano,
até o alvor desse sertão,
Que venha a alvorada!
Que traga a inclusão!
A leitura eu insisto!
Mas não me leve no pano!
Esses versos que escrevi,
é um protesto paraibano!