Pedaços de mim

Nas grandes batalhas, onde nem sempre se vence,

tive que me reerguer das ruínas da vida e construir meus castelos.

As pedras usadas para me atingir, a dor sofri.

Mas o tempo é capaz de grandes transformações.

Se a vingança de mim se apossasse,

talvez eu não tivesse construído castelos.

Mas quando a dor transformou-se em amor, os grandes desafios pude enfrentar.

Quando o sol queimava a minha pele nas caminhadas difíceis,

sempre encontrava uma árvore para repousar em sua sombra.

Assim, faziam-se os dias e as noites,

os anos e as esperanças,

os medos e os enfrentamentos.

De degrau em degrau, a escada longa, passos lentos; subia.

Nem sempre olhava pra trás, para não desistir.

E nesse galgar, cheguei a algum lugar.

Não construí castelos.

Eles eram imaginários.

Construí pontes que atravessei em busca da perfeição .

Com certeza não atingi ainda.

Mas nos meus andares vou tentar para a minha sobrevivência, chegar ao cimo da montanha que habita no meu interior.