NIRVANA DO PRAZER
Somos feitos da mesma matéria, dos ossos que rangem, da pele que inflama ao toque.
Por vezes, somos acometidos pelo ópio do desejo, pela luxúria da carne.
O corpo reage, as células em alerta: copulam entre si, explodindo em sucos de prazeres.
Elixir e manjar dos deuses, embriagando-nos meros seres mortais.
Apetecendo por estar dentro do outro, trocando fluidos, sabores e sensações em orgasmos frenéticos.
Somos pecadores, tão longe de pertencermos aos céus, necessitando esbravejar os gemidos, entre sussurros: extravasarmos em êxtases libidinosos. Nos rasgarmos, nos desnudarmos; Sermos tão só, duas almas nuas. Querendo o cru da paixão, em suas vísceras.
As nossas almas anseiam serem livres, entrelaçadas umas nas outras...
Dando e recebendo a mais pura satisfação, que dois corpos podem experimentar.
Atingindo o ápice e o nirvana dos prazeres carnais.