ARQUITETO DO UNIVERSO

Francisco de Paula Melo Aguiar

Arquiteto do Universo, quanta miséria?

A Covid-19 matando a humanidade

É coisa de gente grande, não pilhéria.

Depende de Tu, superior Divindade.

Se não bastasse no mundo desgraçado

Onde o desemprego é fábrica de prostituição

É o desenho ideológico aqui executado

Grande é o traçado de desamparo e ação.

O mundo que Tu fizeste com cuidado

E hoje se vê homens de carnes nuas

Máscara do ser invisível, ignorado

Mercado crescente do viver nas ruas.

É o inferno em vida tal sofrimento

Si vê mas não se vê tantas crianças

Abandonadas vivendo de momento

Desnutridas e sem esperanças.

Crianças maltrapilhas sem futuro

Falta tudo: família, carinho e proteção

E ainda vivem de sorriso puro

Sem livro, caderno, lápis e pão.

Nas ruas vivem mulheres

De roupas sujas e descabeladas

Come o que recebe sem talheres

Assim vivem preocupadas...

São seres humanos renegados

Da sorte, esquecidos do poder estatal

São invisíveis e nunca cumprimentados

Partitura humana em carne e osso, sem jogral.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 22/04/2020
Reeditado em 22/04/2020
Código do texto: T6925551
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.