INTERAÇÕES DIVERSAS...
Grande Espera...
Grande espera ao coração
Jesus Cristo lá de cima
Vê circunspecto a prisão
De condenados ao pó
Mas que nunca estão a sós
Faz da dor sua medicina
Pra curar da vida o mal
Com seu amor sideral...
Com seu amor imortal...
Para o texto: REALIDADE
Do Poeta Maurélio Machado (24/03/2020)
Silêncio em mim, Lagunas
Desmancho-me em silêncios e lacunas
Num precipício ao fim da madrugada
O mundo numa bola enfim parada
E a vida é a neblina nas lagunas...
Acordo-me, mas sem sair das furnas
A vida sendo a morte mascarada
E tudo em breve se tornando nada
Um grão de areia confinado às dunas...
Levanto-me com as mãos manietadas
E os pés em duas pernas amputadas
Pela viral maldade capital...
Mas com a poesia ainda invento
Porque o pensamento é como o vento
Que serpenteia-se entre o bem e o mal...
Para o texto: TACITURNO
Do poeta Ricardo Camacho (27/03/2020)
Cores...
Se não fossem as cores vindas
Da luz em tons naturais
Trazendo as coisas mais lindas
E a paz para nossos quintais
Nossos dias seriam mortais...
Para o texto: CORES FAVORÁVEIS...
Da poeta Maceió (01/04/2020)
Não Creio...
Não creio que seja assim
Mas se for, da minha parte
Eu deixo pra Deus enfim
Só o amor da dor faz arte...
E quanto ao mundo, eu creio
Não mudará muitos planos
De milionários receio
De alguns pobres desumanos...
Creio também que um norte
Nos dará ao refletir
Em face igual da morte
Pra quem chora e pra quem ri...
E creio mais na justiça
Da Divina, não de Atena
Guardando além a premissa
Uma cruz pra cada pena...
Para o texto: PANDEMIA EM TROVAS
Da poeta Hull de La Fuente (02/04/2020)
De Casa...
Eu aqui de casa vejo
As ruas dos passarinhos
Aos meus olhos um cortejo
Para alívio dos cadinhos
Do asfalto me afastei
Longe da sua armadilha
Da distância fria à lei
Pra viver mais com a família...
Para o texto: SAUDADES DA RUA...
Da poeta: Biazocas (03/04/2020)
Convulsão Moderna
É da convulsão moderna
Onde invisível agente
Sacode o mundo urgente
Mostra-nos a vida eterna...
Para o texto: EVOLUÇÃO
Do poeta Nelson de Medeiros (07/04/2020)
De Repente...
E de repente, me vi isolado
Entre quatro paredes frias
Pra reencontrar alegrias
Que não via bem ao meu lado
"De repente, mais do que de repente..."
Para o texto: DE REPENTE...
Do poeta Jô Pessanha (11/04/2020)
Dengo... (reedição)
Um dengo da estrela é a luz
Da suave brisa um perfume
Dengo do amor, o meu conduz
Ao dela, um beijo de costume...
Para o texto: DENGAR
Do Poeta Mario Roberto Guimarães (12/04/2020)
Claridade...
A claridade passa pelas frestas
As sombras desintegram-se cansadas
Aos poucos vão perdendo as madrugadas
E o sol ressurge em pleno azul em festas..
Para o texto: 124-PENSANDO BEM
Da Poeta Eliomar Marinho (15/04/2020)
Falo Pouco...
Falo pouco, escrevo menos
Mas ouço mais do que quero
Tenho dois ouvidos plenos
E uma língua que eu enterro
Ou levo pro céu tranquilo
Prefiro escutar um grilo
Ao discurso transloucado
De quem preside o poder
Mascarando o vero ser
Com o trem fora do trilho
Num planalto apagado
Quem não tem o que dizer
É melhor ficar calado...
Para o texto: QUEM NÃO TEM O QUE DIZER, É MELHOR FICAR CALADO
Do Poeta Mario Roberto Guimarães (18/04/2020)
Desatino...
E nesse desatino eu componho
Com uma inspiração do ar lindeiro
Que aqui quarentenado o dia inteiro
Sufoca-me o meu mais lindo sonho...
E cada verso surge, então, tristonho
Tentando se lembrar do meu primeiro
Em que jurei compor feliz roteiro
Pra ser uma canção ao bem risonho...
Mas meu sorriso esconde secamente
A amargura em mim que sobe à mente
E se derrama em pranto de ilusão...
E busco um outro vírus para a dor
Que não tem cura, e se chama amor
Pra inocular sem fim no coração...
Para o texto: CANÇÃO DO DESATINO...
Do Poeta Silva Filho (19/04/2020)