Minha cela pessoal
Da vida boêmia
Do hálito dos bêbados
Do cheiro dos antros
Das noites inteiras
Dos vírus dos becos
Fugindo de assaltos
De amigos efêmeros
De amores passageiros
Híbrida pandemia
De ricos casacos
Com pobres lagartos
Estranhos nubentes
De frutos cadentes
Geraram no ventre
E se alastraram
De quem é a culpa
Não cabe uma multa
Mas cabe um cabresto
Que prende o mal
Evite o convívio
Monte seu adágio
Disperse o contagio
Volte a seu templo
É tempo de amar
Tem andor em seu lar
Isole-se em seu lugar