Minha cela pessoal

Da vida boêmia

Do hálito dos bêbados

Do cheiro dos antros

Das noites inteiras

Dos vírus dos becos

Fugindo de assaltos

De amigos efêmeros

De amores passageiros

Híbrida pandemia

De ricos casacos

Com pobres lagartos

Estranhos nubentes

De frutos cadentes

Geraram no ventre

E se alastraram

De quem é a culpa

Não cabe uma multa

Mas cabe um cabresto

Que prende o mal

Evite o convívio

Monte seu adágio

Disperse o contagio

Volte a seu templo

É tempo de amar

Tem andor em seu lar

Isole-se em seu lugar

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 20/04/2020
Reeditado em 20/04/2020
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