Recolhidos
E nesses dias, que ninguém se toca?
Será que um dia se tocam, que estão sempre sozinhos?
Mesmo na multidão sorrindo, ação e reação de uma alma em labirinto
Os dias introspectivos, o mundo lá fora, um perigo!
Nossa mente, o tormento, o medo ao mesmo tempo, abrigo.
Hora do desespero, da fome, do despejo
Hora de filosofar na janela, ser guardião do vazio
Da solidão ser a sentinela, guarde-se e viva!
Viva o ataque, imensurável baque da modernidade
Grite de longe, não me toque, eu tenho saudade
E quero te ver um dia, sem má interpretação
Sem qualquer covardia, tão pouco decepcionar
Nem minha realidade, nem o seu sonhar
Estava trancado há anos, o mundo sabe o que sinto
Hoje as ruas vazias são o infinito
De um mundo que voltará, e não mais o mesmo há de ser.