A Musa
O verso se fez carne,
E eu habito no seu meio.
Ante ela vou prostrar-me:
Louvando os seus seios!
É a palavra que nunca veio a mente,
A que o analfabeto inutilmente…
Tenta, tentar escrever.
Avisa às outras musas inspiradoras,
As morenas e as louras…
Achei todos as fragrâncias num sachê.
É a palavra que nunca veio à boca,
Quando todas foram tão poucas…
Aquelas rimas que não caso.
Avisa lá às outras pretas,
As Rosas e também as Violetas…
Achei todas as flores num único vaso.
É a palavra que nunca foi ao papel,
O rosto nunca esboçado por pincel..
Por nenhuma pena.
Avisa lá às outras estrelas,
Que já não preciso mais vê-las…
Achei todas cintilando num céu apenas.