Crescer, ou seja lá o que for
O cantar eufórico dos pássaros anuncia o fim da tarde.
Nessas horas tudo faz sentido. Não há motivo para não fazer.
O sol por vezes se despede naquele tom ferrugem
Onde os olhos costumam se perder
E a gritaria das crianças que correm na rua é paz,
A pipa que balança subindo ao céu em sua leveza
- Pra lá e pra cá -
Pelas mãos ágeis de um ser inocente
Traz a nostalgia
De um tempo que não vai voltar,
Um passado com seus aromas fatais
Pela beleza de uma liberdade inigualável
Transmitida na eternidade de um sorriso entre abraços
Em uma linda história nesses pedaços...
Entre joelhos ralados e uma risada que não volta mais,
Ficamos como pipas presas em telhados antigos
Com seu moradores amargos
Que vivem a realidade
Tal como ela é.