NO ISOLAMENTO

NO ISOLAMENTO

Ainda menina, uma paixão:

Começando cedo...bem cedo,

Linha e agulha em mãos

Muitas espetadas nos dedos

Já adolescente, abracei a profissão

Não mais de bonecas, os vestidos

Com cuidado, buscando a perfeição

Transformava em arte, os tecidos

Quantos sonhos, nos riscos, revelados

O traço num detalhe, um simples laço

Com esmero e amor bem costurado

Envolvendo a cliente como um abraço

Máquinas que serviram ao ofício

E as tesouras que seguem afiadas

Servem - me nesse momento propício:

Máscaras precisam ser costuradas