EU QUERO É SUMIR
Agora são quinze e cinquenta
O calor aumenta
E aumenta também a saudade
Saudade não sei de quem
De coisa boa que não vem
Ai meu deus que maldade
Eu vou–me embora pro nada
Morar numa casinha abandonada
Dessas que não tenha rede
Para o velho balanço
Pra dar aquele descanso
Mas a casa não tem parede
Também não tem teto
Cá pra nós é papo reto
Ela também não tem chão
É pra lá que quero ir
Na verdade eu vou é sumir
Para escapar da solidão!
Escrito as 15:56 hrs., de 19/04/2020 por