EU QUERO É SUMIR

Agora são quinze e cinquenta

O calor aumenta

E aumenta também a saudade

Saudade não sei de quem

De coisa boa que não vem

Ai meu deus que maldade

Eu vou–me embora pro nada

Morar numa casinha abandonada

Dessas que não tenha rede

Para o velho balanço

Pra dar aquele descanso

Mas a casa não tem parede

Também não tem teto

Cá pra nós é papo reto

Ela também não tem chão

É pra lá que quero ir

Na verdade eu vou é sumir

Para escapar da solidão!

Escrito as 15:56 hrs., de 19/04/2020 por

NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 19/04/2020
Reeditado em 19/04/2020
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