RAPUNZEL
Nesses dias solitários, no meu imaginário
Da janela gradeada, vejo dias ensolarados
Pássaros gorjeando, nas arvores festejando
Os vai e vens de carros, que são necessários
As nuvens no seus, mais diversos formatos
A noite brilho das estrelas a cintilar, brilhar
Eu sozinha em meu sofá, me ponho a pensar
Me sinto Rapunzel, sem cabelos para jogar
Presa na torre, sem príncipe sem cavalo
Só um monstro chamado vírus, a espreitar
A todos ele ataca, pior que o bicho papão
Ou boi de cara preta, tem medo de sabão
Nem se compara ao tal lobo mau, invisível
Pois tem lá preferencias, pelas vovozinhas
Mas pega mocinhas, rapazinho, crianças
Não e homofóbico, ataca homens também
Bem lá no horizonte, vejo uma esperança
Com Deus nos abençoar, dizendo vai passar
Tenham fé, sejam humanos, ao se abraçar
Basta acreditar , muitos beijos irão dar
ADELE PEREIRA
18/04/20