Sem ela
Borboletas de olhos insones engolem saúvas,
begônias,
tempestade.
Quatro anos de chuva não dariam conta de transbordar a expansão da ausência.
O marulhar da alma num vai e vem dissonante;
lembrança arrebentando na beira dos olhos.
Grãos de areia estalam entre os dentes,
uma sensação dura e espessa que eriça dores.
Sonhos que ficaram ainda por nascer
adentram a vida estagnada à beira do abismo.
Mais um dia suspenso
a triturar
uma a uma
cada possibilidade.