O plural dos meus fractais
Expurgado
Encarnei-me como uma relva
Onde me flexiono em tudo
E tudo, faz morada em mim
Suporto o infinito
Sem acentuar identidades
Só, habito-me
E a impermanência é a minha melhor dança no fogo
Como uma entropia espontânea
No tempo circular
A ciranda da vida, revela-me
Quem sou eu, sem me ancorar
Em personas
Formas, conteúdos,
Estruturação,
Que não passam de cenários para a desconstrução
E nessas paisagens de exaustão
Os velhos ideais se desmoronam para dar vazão
Ao alinhamento que alarga a alma do ser coletivo
E toca o concreto
Reverberando, na terra e no céu, o real-plural dos meus fractais: Espírito.