À SOMBRA DOS DIAS
Isolado em meu silêncio,
Gritei!
Vide “redoma”, eu não pertenço,
Mas nesse “mundo” ora propenso,
“Ferimo-nos”, para curar-nos.
A paisagem da sacada é o “mundo”,
Meu “teatro”, minha “diversão”.
E se não vejo televisão,
Não vejo mortes.
Hoje, para o mundo, evidenciados...
Os empregados, os “serviçais”;
Os profissionais essenciais.
“Anjos” do asfalto,
“Fadas” ambulatoriais,
Os produtores rurais;
Pesquisadores e muito mais...
Os coloquemos no alto.
Esses dias sombrios
Mexendo nos brios
De muita gente,
Dias que quebram o “dente”
Do intransigente.
Ênio Azevedo