Melancolia LXXVIII
Sou cego quando encaro o abismo.
Minha melancolia se
torna verdade nas noites lúdicas.
Eu que escrevo tanto,
sei que não terá plateia nesses versos.
O mundo sorri lá fora.
Eu enclausurado com a dor do mundo
vejo apenas as paredes.
Eu sorri uma vez,
e tu sorriu de volta.
Você continua a sorrir,
eu a chorar.
Não é segredo que não vejo
as cores quando me perguntam.
Eu ainda vomito
meu coração
E gostaria que fosse apenas nos versos
Mas há algo maior
nos gritos que não lhe conto,
mas que sabe.
Nós, temos um coração
e se sentisse como sinto,
ah, como seria triste.
Eu dou passos na escuridão
e duvido que vou cair.
Os espinhos doem mais por dentro.