Finale
Lê-me um poema, doçura.
Em teu peito, como Pietà,
Domina-me alomórfica morte
E nos olhos os nós de presente
Declivam num passado inexato.
O meu porvir se perdeu —
Na cúpula da catedral,
No vão das portas,
No vitral pagão e
No cravo solitário do salão.
Escutamos o bramido
Dessas valquírias destemidas
Dissonar ao longe.
Recolherão quem morra por braveza;
Por amor, não.