O vírus vencido
Como receber a Graça, pra cobrir os erros meus?
Refiro-me, pois, àquela que produz a salvação!
Da qual Paulo de Tarso afirma ser dom de Deus.
E que tem por atributo o amor e o perdão.
Pois tudo em que há viço, tem custo, prazo ou preço.
Seja produto ou serviço, seja trabalho ou diploma.
Como posso, então, ser salvo, se salvação não mereço?
E o vírus do pecado já chancelou meu genoma?
Se os meus atos de justiça são trapos de imundície?
Se o bem que desejo, em meu peito se desnuda,
revelando-me o segredo, do meu ego a estultice.
E se até o bem que faço, em maldade se transmuda?
Pois bem sei que em meu peito o pecado fez morada.
Firmou bem os alicerces e ergueu o pé-direito.
E o terrível Malfazejo desdenhoso dá risada,
Pois cada vez que levanto, mais ao fundo me estreito.
Só por fim, agora entendo o que antes não sabia,
de que é tão cara a Graça e a salvação que produz.
e que por ter ela, assim, tão alto grau de valia,
foi paga pelo sangue do Senhor Cristo Jesus.
Entendi mais, que é Cristo quem levanta e põe em pé.
O que abre e ninguém fecha, ou se fecha não se abre.
Aceitei dele a salvação pela Graça oferecida,
E o perdão que não mereço, o recebo pela fé.