JULGAR O PRÓXIMO

Diz que errar é humano

Velho e conhecido adágio,

A confirmar o apanágio,

Sobre o qual não há engano,

De que sempre é pecador

Todo vivente ser mortal,

Sem que se possa, afinal,

Arvorar em grão julgador,

Nenhum outro semelhante,

Seja leigo, mestre ou doutor,

Pois cabe só ao Criador

O julgamento relevante.

Nenhum há, na Terra, portanto,

Que venha a ser importante,

A ponto de ter a bastante

Autoridade para tanto.

Há que se ter a humildade

Necessária e suficiente

A que se veja em toda a gente

Um igual, a bem da verdade.

É sempre bom procedimento

Ouvir-se o arrependido,

Fazendo-o compreendido,

Sem emitir julgamento.

O erro do nosso irmão,

Apregoa sensata voz,

Tanto a ele quanto a nós,

Serve de preciosa lição.

Assim, que aqui fique patente

O mais correto entendimento,

De se não impor julgamento

Àquele que, sinceramente,

Se reconhece em pecado,

A si próprio recriminando,

Já que não se sabe quando,

Mas vamos todos agir errado.

Bom dia, amigos.

Ótima quarta, Deus os abençoe. Bem-vindos à NOSSA página.

Ninguém tem o direito

Julgar o seu semelhante,

Dum jeito descriminante,

Só por ser um dessujeito.

Aliás, é desrespeito.

À própria aprendizagem,

Deveras a sua imagem,

De nada tem diferente.

Apenas um maldizente,

Querendo ser personagem.

(Francisco Luiz Mendes)

Obrigado, Jacó, pela belíssima interação.

Anti o juízo divino,

Tudo se faz automático.

Deus é sábio e tão rápido,

Que quem erra vai sentindo.

(Jacó Filho)

Obrigado, Hull, por tão bela interação.

Dos humanos a justiça

não se pode confiar

ela cheira a carniça

e preço alto a pagar.

As sentenças milionárias

que compram absolvição,

da escória salafrária,

preço da corrupção.

(Hull de La Fuente)

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 15/04/2020
Reeditado em 16/04/2020
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