O DESLIZE AVULSO DE OLINTO CRESPUS
Luva desliza deixando
tua pele neve fina sua
pele linda tocando pelo
vento antes mesmo
dos dedos abrirem
minha pele rasgando
as cartas que havia
guardado no fundo
da alma pra desferir
meus golpes certeiros
Ficaram a descoberto
espaço volúvel e franco
embaraço fluindo no
flanco olho entreaberto
que derrepente vê teu
suave linguajar de corpo
levantar meu rosto exposto
num quadro vil perigoso
que devagar mas com força
destrói fendas deixadas
da vontade de fera
do frio medonho de abutre
se entregar pelo falo
entre estas mãos tão belas
aperta entre elas pra dizer
Vou engolir tua alma !