AURORA

Não fosse a melancólica aurora

Que me desperta apenas o corpo,

Nada teria para justificar a vida.

Os tempos se vão,

Assim como as mãos.

E morrem as letras

Nas sarjetas da escuridão.

Não se ouvirá mais o violino

Desafiando as notas musicais,

Serão mais altos os meus ais.

Não me lembro se o poema existe,

É uma palavra triste na solidão.

Guardo versos indizíveis

Nas linhas do meu coração.

MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 14/04/2020
Código do texto: T6916430
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