Abraçando à Escuridão
Sorrateira, sem eira, nem beira, chego e fico a observá-la.
Ela dança, e balança,
se enlaça, e me abraça.
Sinto sua imensidão.
Velhas conhecidas,
nos tocamos, nos sentimos.
Já não à vejo, ja não me enxergo.
Só consigo sentir o pulsar forte do meu coração.
Rasgando a escuridão,
sinto-me como um vagalume a brilhar em meios as trevas...
Sinto, mas não sou, tampouco brilho.
Abraço a escuridão.