Farofa de sombras
esse tempo que me vive
corre como cheiro de jardim
no destino das flores
insensato, chama de areia
os segundos da ampulheta
assemelha-se a tudo
aos móveis, a penumbra no corredor
a antiga cor inexistente do prego na parede
peixinhos vermelhos na grama solta
harmoniza verbalmente
a traição de um espelho
que encomenda outro reflexo
onde restam sombras pardas
(e) uma farofa para matar a sede.
esse tempo que me vive
corre como cheiro de jardim
no destino das flores
insensato, chama de areia
os segundos da ampulheta
assemelha-se a tudo
aos móveis, a penumbra no corredor
a antiga cor inexistente do prego na parede
peixinhos vermelhos na grama solta
harmoniza verbalmente
a traição de um espelho
que encomenda outro reflexo
onde restam sombras pardas
(e) uma farofa para matar a sede.