Lágrimas Sóbrias
lágrimas sóbrias
no silêncio da noite
derramo-as
como quem implora a chegada do fim
como se o fim já estive ali
e assim permaneço no vazio
no frio infinito das lágrimas
gelam-me o peito e ele quase parou de bater
me aqueço com as mãos
implorando pra morrer
como se não houvesse o amanhã
e eu estivesse parada no tempo
congelada com as lágrimas que não consegui conter
enganada para sempre
em um fim que não é fim
é perto da porta , mas não a ultrapassa
e longe do rosto , caidas ao chão
são lágrimas sóbrias
congelando o meu coração