CABARÉ

CABARÉ

Fernando Alberto Salinas Couto

Naquela casa tosca e velha,

marcada na antiga esquina,

por uma luminária vermelha,

dançarinas muito ousadas

animavam todo ambiente.

Entregues a toda jogatina,

muitas almas embriagadas,

entre fumaças dos cigarros,

entre o sensual e o elegante,

o que perdiam nas cartas,

caçavam ansiosos, aos berros,

entre bingos e pelas roletas.

Antro de encontros escusos,

deixou saudade no coração

e nas mentes despreparadas,

para viver toda a realidade,

cheia de momentos confusos,

imunes a qualquer emoção

só impostos pela sociedade...

Cabaré, sobrado abandonado,

hoje as tuas antigas fantasias

e orgias, sob o encanto da Lua,

ficaram perdidas no passado

e no lugar das lindas poesias

só acolhes moradores de rua.

RJ – 07/04/20

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Agradeço a brilhante interação do nobre poeta

JOEL MARINHO

Era um valho cabaré

Juro que jamais entrei

Porém me apaixonei

Por aquela linda mulher

Hoje me bate a saudade

De uma total liberdade

De um tempo belo e sagaz

Eu meio velho e candado

Só relembrando o passado

De um tempo que não volta mais.

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Agradeço os sábios versos do nobre poeta

JACÓ FILHO

Vi em altos meretrícios,

As ricas e poliglotas.

Caprichando porque gostam,

Do que impõe o ofício...

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Fernando Alberto Couto
Enviado por Fernando Alberto Couto em 08/04/2020
Reeditado em 21/04/2020
Código do texto: T6910686
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