DESILUSÃO

Aos poucos cai, da noite, o escuro manto,

Trazendo ao meu ser a dor e o pranto

Da saudade.

E tento afastar toda lembrança

Do amor perdido e a desesperança

Me invade.

Sinto, a perfurar-me o coração,

A afiada lâmina da desilusão.

A lua cheia que surge, o céu estrelado,

Me fazem recordar o amor passado,

Que perdi.

E relembro momentos de um encanto,

Como uma doce melodia, um acalanto,

Que vivi.

E ainda me vem ferir o coração

A mesma lâmina da desilusão.

Eu fico a observar o firmamento,

Enlevado, por tão belo momento

E sonho.

No meu sonho, é como se outra vez

Vivesse o amor que um dia se desfez,

Medonho.

E aqui, me dilacera o coração

A cruel lâmina da desilusão.

Até que chega a madrugada, enfim,

E encontra o ser que inda restou de mim,

Em solidão.

Desperto do meu sonho, sem saber,

Por um instante, se te tornei a ver,

Ou não.

Do teu amor, só restam no meu coração

As cicatrizes da desilusão.

Bom dia, amigos.

Ótima quarta, Deus os abençoe. Bem-vindos à NOSSA página.

Obrigado, Jacó, pela excelente interação.

O sonho não me permite,

Saber se te esqueci...

Foste e me deixou triste,

Nem sei como não morri.

(Jacó Filho)

Obrigado, Hull, pela esplêndida interação.

Sei que lâmina terrível

te deixou a cicatriz,

mas pelo Deus do impossível,

voltarás a ser feliz.

(Hull de La Fuente)

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 08/04/2020
Reeditado em 10/04/2020
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