MIRTES E O SONHO DO MORDOMO

Bebo água doce desce

água fruta de gomos

cresce a libido dá fome

Nesse encanto de tua boca

força infinita que fica louca

parece fixa presa que fica

me dizendo por destino

que se irmos de novo pro

mesmo lugar que seja outro

lugar pra ficarmos íntimos

Tua mulher deste desejo

do beijo de antes quando

anoiteceu acorda sendo eu

destino de presente sendo

eu somente perdido de você

que cala lençóis e marcas

de batons e aromas de água

e sal que lágrimas agora

chora por ser somente eu

a viver no físico frio do que

foi tudo desde o beijo na

sala que levava ao corredor

no desespero de descer

pra ir junto e não sofrer

de ficar mudo pra amanhecer

surdo do dia que a graça

perde vida lá fora até você

chegar num pomar que se abre

primavera de maçãs colhidas

de boca em febre de vida

Acontece , querida, que eu

amei teu gosto pervertido

de Eva no paraíso e não

me importo com ninguém

falando por nuvens que

amor tem um .....

....pecado de corpo!