Linguagem corporal
Te vejo tentando ler o meu corpo
E me indago o quão profundo tem ido
E que habilidade é essa que você possui
Que me quebra inteira e ainda assim me instiga
Percebo que observou o meu olhar, que não se sustenta
Que desvia, procurando segurança
E talvez julgue ser ausência de sinceridade
Queria dizer que é só vulnerabilidade
Espero que saiba ler silêncios
Que não se restrinja ao olhar
Eu sou prolixa, mas
gostaria que se ativesse ao que não ouso falar
Tem se mostrado um exímio observador
Suponho que já tenha lido como reajo ao seu toque
E como nossos corações se alinham em ritmo e frequência
Quando você me abraça
Gostaria que pudesse ler sorrisos
Os que você dá e que só eu vejo
Te emprestaria minhas lentes
Para que pudesse se ver como eu te vejo
Meu olhar não é alfabetizado
Quase sempre estou aprendendo
A olhar devagar, sem pressa
A depender do que está diante dele, fico desconcertada
Dou manota. Ele sempre me entrega.