A REFORMA
A metamorfose é lenta e dolorosa
E essa dor nos leva a evolução
Tempo e espaço numa nova eclosão
Revelam no sofrer uma ascensão gloriosa
Peneirando os sonhos que sobreviverão
Catástrofes os céus no remetem
Fabulosas hecatombes se repetem
Muitas ondas necessárias serão
Os nefastos correrão nus e descalços
Por avenidas desertas e silenciosas
Pelas frias paisagens de suas mentes viscosas
E cairão vazios pelos degraus dos percalços
E quando enfim o tormento não tiver peso
A vida inaugurara uma benevolência factual
Na terra reinará um novo astral
E o ser humano nunca mais será o mesmo.