SALGADOS TEMPOS

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Ninfa

passou por aí

nestes caminhos ondulados

pelos salgados pecados

executados em sagrados lugares

das nossas paixões dilaceradas

do fogo resultante

da fricção destes corpos

cujas escondidas almas

forjadas na noite quente

embaladas ao som dos caminhos, ó Ninfa.

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Ninfa mania do vício

desta sensação

não sentir o coração

kuduro tocar tum tum tum

olhos penetrantes nas entranhas

estreitas do paraíso

fabril a vida

pra este inferno.

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Ninfa sem vezes ao vento

arte de forjar sentimento

como no aço quente

a arma do cavaleiro negro

destas trevas sem medidas

nos anais dos tempos

que correm nestas veias

de ferro vermelho

do melhor sangue derramado

nestas mãos que calos

não substituem a mansidão

nos dedos excitantes

do mais prazer soberano

desta vida, Ninfa.

Ó Ninfa.

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Ninfa, receba esta coroa

nestes andamentos leoa

aos tropeços formidáveis

vividos por esta pessoa

que perdeu arrogância de viver

Ninfa, a coragem onde está?

Fernando Tchacupomba
Enviado por Fernando Tchacupomba em 05/04/2020
Código do texto: T6907020
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