DESTINO

DESTINO

Quantas estações ainda viveremos

Clausura é vida?

Ou medo da morte

Essa inconsequente certeza

Que nos paralisa

E nos reduz a nada

De nosso destino

Viramos apenas inquilinos

Podendo ser despejados

Com ou sem justa causa

Sem direito a réquiem

Apenas uma despedida virtual

Que não será viral

Porque vírus não celebra nulidades

Apenas as elimina impiedosamente

Enterrando-as em qualquer estação

Sem calor, com frio

Com folhas mortas, sem flores

No eterno limbo

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 04/04/2020
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