DESTINO
DESTINO
Quantas estações ainda viveremos
Clausura é vida?
Ou medo da morte
Essa inconsequente certeza
Que nos paralisa
E nos reduz a nada
De nosso destino
Viramos apenas inquilinos
Podendo ser despejados
Com ou sem justa causa
Sem direito a réquiem
Apenas uma despedida virtual
Que não será viral
Porque vírus não celebra nulidades
Apenas as elimina impiedosamente
Enterrando-as em qualquer estação
Sem calor, com frio
Com folhas mortas, sem flores
No eterno limbo