Samba
O samba nasceu malandro retinto
Menino do morro
Capoeira e vadio
Despojado de qualquer vaidade
Tinha a galhardia de um povo gentil
Carregava consigo as dores e amores,
Lamentos, temores a fio
Cantava nos versos boêmios
As flores e cores de todo o Brasil
Mas em algum momento,
Perdido no tempo
O samba tornou-se de fino feitio
Largou as rodas das esquinas
As belas meninas
Ganhou mais recato
A dança fogosa, os pandeiros ardentes
Viraram lembrança em um velho retrato
O samba agora veste terno e gravata
O malandro não faz mais malandragem
E se antes o problema era atravessar
Agora o problema é não ter mais vendagem
Olha bem...