Gosto das vidas achadas
Passando por uma noite quase fria
No curso sigo uma significação arcaica
Que escorre na parede rala da alma
Para implodir o pranto num fio de lágrima
Em pleno silêncio ouço o fado cantado
E danço só para alargar a minha solidão
Que rabisca a pele na retina da luz
Deixando a minha consciência em tráfego
Fingindo não entender o seu olhar triste
Sou contra o que aparece no espelho inverso
Me arrepio no silêncio da visão nua e descrita
Vejo todos os desgostos que atravessam a rua
Também troco a vertigem da moldura
Sobre todos os prantos caídos do meu signo
Jogo fora a energia que desfigura o tempo
Para adestrar o meu sentido estático
Um passo à frente e já estou em outro lugar
Quero experimentar um novo tempo
Vivo a vida receando qualquer vanguarda
Que lateja no silêncio de um tempo distante
Passando por uma noite quase fria
No curso sigo uma significação arcaica
Que escorre na parede rala da alma
Para implodir o pranto num fio de lágrima
Em pleno silêncio ouço o fado cantado
E danço só para alargar a minha solidão
Que rabisca a pele na retina da luz
Deixando a minha consciência em tráfego
Fingindo não entender o seu olhar triste
Sou contra o que aparece no espelho inverso
Me arrepio no silêncio da visão nua e descrita
Vejo todos os desgostos que atravessam a rua
Também troco a vertigem da moldura
Sobre todos os prantos caídos do meu signo
Jogo fora a energia que desfigura o tempo
Para adestrar o meu sentido estático
Um passo à frente e já estou em outro lugar
Quero experimentar um novo tempo
Vivo a vida receando qualquer vanguarda
Que lateja no silêncio de um tempo distante