Ansiosamente

Esta opressão vai regendo o compasso

E a paz se perde na louca revolução...

Enquanto o coração se rende ao maestro

O corpo entrega a mente à ebulição.

Este tremor que o temor abala

(E o equilíbrio perde a compostura)

O instante passa a ser infinito...

...

...

Um grito mudo arranca a armadura

Suga a força e traz a força acovardada

Ataca órgãos como último recurso

Diminui a dor... (dói menos ... a facada)

Muda o foco, busca a luz pela ribalta

Encera o piso de um palco que inflama

E a plateia aguarda o fim daquele ato

Neste teatro consumido pela chama

De emoções que sugam a cena, em desacato

Viver o medo é morrer em um respiro

Tira o sentido do sorriso permanente

Encaro a imagem no espelho embaçado

Leio a mensagem de um tempo (camuflado)

Enfim, encaro o meu olhar... sobrevivente...

Claudia Jeveaux
Enviado por Claudia Jeveaux em 30/03/2020
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