Ansiosamente
Esta opressão vai regendo o compasso
E a paz se perde na louca revolução...
Enquanto o coração se rende ao maestro
O corpo entrega a mente à ebulição.
Este tremor que o temor abala
(E o equilíbrio perde a compostura)
O instante passa a ser infinito...
...
...
Um grito mudo arranca a armadura
Suga a força e traz a força acovardada
Ataca órgãos como último recurso
Diminui a dor... (dói menos ... a facada)
Muda o foco, busca a luz pela ribalta
Encera o piso de um palco que inflama
E a plateia aguarda o fim daquele ato
Neste teatro consumido pela chama
De emoções que sugam a cena, em desacato
Viver o medo é morrer em um respiro
Tira o sentido do sorriso permanente
Encaro a imagem no espelho embaçado
Leio a mensagem de um tempo (camuflado)
Enfim, encaro o meu olhar... sobrevivente...