QUEM QUISER, QUE VENHA...

Sou ventania amazônida

Exuberante no remar

Deusa sem garantias

O cosmos é meu lugar

Sou cataclisma

Ventania

Sempre faceira, nua, lira

Não me toque

Estou no ar

Puro sentimento

Metafísica do estar

Melhor que apostar no decote

É apostar no olhar!

Sou ventania

inexata

Filha parida

que escapa

Sou clima quente

Vulcão fervente

Sou aérea

sem raiz

poema

giz

Sou ventania

no breu, na andiroba

Sou sem conta de luz

e abomino as modas

Melhor que apostar no decote

É apostar no olhar!

carla nobre
Enviado por carla nobre em 11/10/2007
Código do texto: T690111