POEMAS DA QUARENTENA

Não adianta lavar

mantêm-se nauseabundos

têm apenas duas mãos

e sentimentos imundos

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Para insanidade geral

suplico:

quem for patriota siga

eu fico

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Consciência do Brasil

dorme tranquila

com rivotril

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Armagedom surgindo

o Brasil acabou

e eu estava dormindo

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Na praga Peste Bubônica

O incrível Shakespeare

Durante o isolamento

Produziu o King Lear

Eu como não tenho gênio

Doido pra sumir daqui.

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Oligarquia

O diabo te reclama

Todo dia

Fábio Mozart
Enviado por Fábio Mozart em 25/03/2020
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