Um dia mais!

Vejo a chuva lá fora

O som avisa como veio

Sóbrio tento escrever um verso

Abro o coração, apenas choro

São palavras inúteis

São créditos de um presidente

Nunca foi prudente

Arreganham os dentes, como vira latas

Rosna para fazer medo

Sombras não existem mais

Folhas secas levando recado

Entre as pernas da ignorância

Soam palavras fétidas

Chamam de BOZO

Não sei porquê

Noite fúnebre para outro morto

Rosto negro!

Fazendo ARMINHA

Cria partido

Quantas balas?

Para quê? Matar desarmados?

Povo passivo!

Sem sangue no cérebro

Outro morto no Acre

Será o agronegócio?

Gente humilde morrendo

Com tiros fardados

Permissão da casa grande

Um dia se funde

A chuva silenciou

Nada avisou

Criou rios

Lágrimas tristes, choro contínuo

Em Brasília a farsa brindou!

Nesse governo não há democracia.

Jose Hilton Rosa
Enviado por Jose Hilton Rosa em 25/03/2020
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