Um dia mais!
Vejo a chuva lá fora
O som avisa como veio
Sóbrio tento escrever um verso
Abro o coração, apenas choro
São palavras inúteis
São créditos de um presidente
Nunca foi prudente
Arreganham os dentes, como vira latas
Rosna para fazer medo
Sombras não existem mais
Folhas secas levando recado
Entre as pernas da ignorância
Soam palavras fétidas
Chamam de BOZO
Não sei porquê
Noite fúnebre para outro morto
Rosto negro!
Fazendo ARMINHA
Cria partido
Quantas balas?
Para quê? Matar desarmados?
Povo passivo!
Sem sangue no cérebro
Outro morto no Acre
Será o agronegócio?
Gente humilde morrendo
Com tiros fardados
Permissão da casa grande
Um dia se funde
A chuva silenciou
Nada avisou
Criou rios
Lágrimas tristes, choro contínuo
Em Brasília a farsa brindou!
Nesse governo não há democracia.