Cidadãos como espécie humana
Almas como plumas aparecem no espaço
Vibrantes na fartura
Viajam na riqueza e na pobreza
Almas fúnebres da ganancia
Sem mágoa nem tristeza
Asteroides famintos de afronta
Cegos sem amor
Homens alimentando com o ócio da fartura
Vivendo como párton
Óvulos sem ovulação
Parasito ocular
Crendice das espécies
Passadio para os ricos
Serviçais da natureza, os pobres
Maligno pensar
Casta vivendo em calvário
Contraídos pelas façanhas
Pobreza abastecendo a Sanha
Sem tempo nem neurônios para pensar
Para debaixo da terra todos caminharão
Em andor de ouro ou papelão
Vestidos em tecidos nobres ou andrajo
A resposta está no silêncio do cortejo
O cidadão comum abana com as mãos a vontade de viver
O amor é a razão desse viver.