Dívida
Deparo-me com ela
Menina bonita, cheirosa
Jeito de rosa, formosa.
É de outra cidadela.
Não que eu despreze
Esse tipo de produto.
Esta é fora do reduto
Onde flui minha verve.
No fundo ela me serve,
Sangue ferve, enlouquece.
Respiração bem deficiente
Sabe que ainda me deve!
Fonte:
MALLMITH, Décio de Moura. Dívida (Poesia). In Zero Hora, coluna Almanaque Gaúcho. Porto Alegre/RS, nº 19.636, Ano 56, p. 36, 18/02/2020.