OCIOSIDADE
Meu corpo está inerte, parado
Cansado, descansado de pernas pro ar
Mas um rio sanguíneo corre dentro de mim
Mas a vida exterior, lá fora
Pede movimentos dos ossos esqueléticos
Parado aqui estou no ócio
A preguiça insiste, teima, paralisa
A preguiça agradece o ócio
Não tenho saco para leituras
Quero dizer longas leituras
Pelo menos por hora, agora
Prefiro a leitura das breves poesias
Vistas cansadas chama o sono
Eu sei, pensar não dói
Mas as preocupações trazem enxaquecas
Embranquecem os fios capilares
Prefiro sonhar se possível acordado
Porque se dormir, não lembrarei do que sonhei
Enfim, um dia de cada vez
Deixa eu descansar na preguiça
Amanhã quem sabe....
O ânimo me encontre
Me chamando ao movimento da vida.
(Movimentos em casa, confinamento não significa necessariamente inércia. Fique em Casa em tempos de Coronavirus. Ler poesias, um livro bom, ouvir música boa, cuidar do jardim.Que venha inspirações.)