OCIOSIDADE

Meu corpo está inerte, parado

Cansado, descansado de pernas pro ar

Mas um rio sanguíneo corre dentro de mim

Mas a vida exterior, lá fora

Pede movimentos dos ossos esqueléticos

Parado aqui estou no ócio

A preguiça insiste, teima, paralisa

A preguiça agradece o ócio

Não tenho saco para leituras

Quero dizer longas leituras

Pelo menos por hora, agora

Prefiro a leitura das breves poesias

Vistas cansadas chama o sono

Eu sei, pensar não dói

Mas as preocupações trazem enxaquecas

Embranquecem os fios capilares

Prefiro sonhar se possível acordado

Porque se dormir, não lembrarei do que sonhei

Enfim, um dia de cada vez

Deixa eu descansar na preguiça

Amanhã quem sabe....

O ânimo me encontre

Me chamando ao movimento da vida.

(Movimentos em casa, confinamento não significa necessariamente inércia. Fique em Casa em tempos de Coronavirus. Ler poesias, um livro bom, ouvir música boa, cuidar do jardim.Que venha inspirações.)

Jô Pessanha
Enviado por Jô Pessanha em 23/03/2020
Código do texto: T6894739
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