A PESTE
#A #PESTE
Às vezes eu esqueço o sol...
Então me torno céu...
Fico esperando os pássaros me dizerem que o tempo acabou...
Ficar longe do que amo...
Por amor...
As portas se abrirão?
Mãos poderão novamente se tocar?
Poderei caminhar livremente
Bem lentamente ?
Na busca da paz perdida...
Voltarei eu a encontrar ?
Em desilusão me deixo cair agora...
No enfadonho seguir das horas...
O pavor está lá fora...
Que será de mim agora?
Não há mais sorrisos...
O horizonte está cinzento...
O selo foi aberto...
O sonho antes tão perto...
De neblina se envolveu...
O mel virou fel...
Será que a esperança morreu?
Não quero...
Me recuso a acreditar...
Que o vento lá fora...
Chama muitos à bailar...
É cruel...
Frio...
Desesperador...
O silêncio estarrecedor...
Aurora é bem vinda...
A noite apavora...
Não há músicas...
Não há mais alegrias...
Minhas flores estão tristes...
Somente vejo uma letargia...
Quem será agora?
Qual triste não terá mais história...
A contar...
Os sorrisos disfarçados...
Atrás de lágrimas a rolar...
Essa sonolência é assustadora...
Dias e noites estão borrados...
Quero esconder o fantasma de minha vida...
Não desejo que seja tolamente perdida...
E agora...
Sozinho no escuro...
Em que o mundo gira confuso...
Aos céus elevo meu coração...
Talvez eu me permita...
Encontrar com meu Deus dentro de mim...
E orar...
Sandro Paschoal Nogueira
http://conservatoriapoeta.blogspot.com