A MULHER DA CASA EM FRENTE

Essa é a hora banal, das taças cheias,

No entanto, sem mistério em noite branca,

Instantâneo de seus insanos ventos.

Um túmulo em seus olhos -- desespero

De paisagem submersa. Que janela

Suportaria tal sinceridade?

Um cais para seus medos recorrentes,

O instante migra de estações banidas

Para as bodas da dor, eis suas asas!

Esgares e recusas por contorno

Às faces da mentira envelhecida,

Às vis caricaturas de durar,

Versão triste do que era, e ainda agora...

Uma chaga no tempo, profetisa

Ou sombra de si mesma, tão ambiciosa!

Talvez errando quanto à luz partindo

Pelas antigas trilhas, por atalhos

No silêncio perplexo desse então.

...

Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 17/03/2020
Código do texto: T6890113
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