A MULHER DA CASA EM FRENTE
Essa é a hora banal, das taças cheias,
No entanto, sem mistério em noite branca,
Instantâneo de seus insanos ventos.
Um túmulo em seus olhos -- desespero
De paisagem submersa. Que janela
Suportaria tal sinceridade?
Um cais para seus medos recorrentes,
O instante migra de estações banidas
Para as bodas da dor, eis suas asas!
Esgares e recusas por contorno
Às faces da mentira envelhecida,
Às vis caricaturas de durar,
Versão triste do que era, e ainda agora...
Uma chaga no tempo, profetisa
Ou sombra de si mesma, tão ambiciosa!
Talvez errando quanto à luz partindo
Pelas antigas trilhas, por atalhos
No silêncio perplexo desse então.
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