Chuva
A chuva cai pesada sem piedade
Ouvem-se trovões do lado de fora
Não se vê nada, está tudo escuro
Mas quando os relâmpagos caem
Enxerga-se de relance, uma parte da rua
Está vazia, completamente abandonada
Todos parecem estar em suas casas
Os que têm casa, ao menos devem estar
Estamos esperando a chuva passar
Já chove à muitos dias, sem parar
Os trovões são o único som presente
Depois de cada clarão arrepiante
Nunca havia visto tantos relâmpagos
Nem na maior das tempestades
Quem sai na rua, não retorna mais
Com isso, ninguém mais sai
Logo mais vai amanhecer
Contudo, não faz tanta diferença
O céu pela manhã, continua escuro
Resta esperar a chuva passar
Logo vai passar, toda chuva passa.
Álvaro De Azevedo