CORAÇÃO ALADO.
Que importa
Se em voos rasantes
Passeias outras paisagens?
No voar da liberdade,
Sobre as árvores desnudadas,
Dum outono boreal,
Em galhos secos, pousarás.
Da solidão à solidez,
Dum coração congelado,
Em saudade tão doída;
O inverno, então, virá.
À casa, desejarás voltar...
Numa primavera em botão,
No desabrochar da bela flor,
Do perfume à viva cor.
Descansarás, por fim, tuas asas,
Na estação do meu amor.
Elenice Bastos.