EU

De tanto ver as pessoas me abandonando, eu já me acostumei com a solidão.

Estamos agora, ela e eu, degustando uma taça de coragem.

Talvez amar seja para pessoas que saibam como amar,

e eu sei apenas afastar as pessoas com meu jeito estranho de ser, tortuoso e espinhoso, carregando fantasmas antigos e novos.

Peço perdão por ser assim, é minha sina, carregar essas pesadas correntes... mas o que seria de minha poesia sem minhas dores? seria um maluco falando sem voz, corpo ou alma.

Sem minhas dores... eu não seria eu.

G Silva
Enviado por G Silva em 15/03/2020
Código do texto: T6888422
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