UM RABISCO BORRADO

Esta estrada, hoje melada de barro, transformam meus pés em menino. Viajo em eras de conta.

Conto uma história pra meu pai, me lavo nos rios de minhas pedras. Distantes destas terras, em outras eram de asas.

Tuas asas em brasas, queimam minha barba que arde

Banho me nestas saudades de fogo, queimo meu peito que te chama.

Rabisco, borrando um papel em branco de frio

Visto me das curvas da vida, viro um astronauta de barro.

Viajo nestas horas, que queimam e não passam.

Elpidio Tozani
Enviado por Elpidio Tozani em 15/03/2020
Reeditado em 17/03/2020
Código do texto: T6888232
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