VOU-ME EMBORA
VOU-ME EMBORA
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá na Pérsia
Quem sabe a gripe seja extinta
Por obra de Maomé
Não aguento mais paranoia
Álcool gel, prefiro álcool
Nem gripe me dá sossego
Não posso dar as mãos
Não posso abraçar
Não posso beijar
Afinal que merda é essa
É vida ou morte anunciada
Que delícia morrer sem amor
Livre de aconchegos
No inferno do querer
Cancele-se tudo
Tranque-se em quatro paredes
E viva essa vida
Linda de morrer
Na solidão de uma gripe
Que antes era tratada
Com o chá da vovó
Adeus caros amigos
Baratos laricados
Neste mundo insano
Valeu manos