INCERTEZAS
Sempre estaremos assim
Com as pulgas atrás das orelhas
Porque entre os nossos nós
Moram nossas incertezas
Talvez nunca saberemos
Quando seremos um
Ou quase nada
Se à sombra ao pôr do sol
Se sob a alma do brilho da lua
Ou se ao findarem seus ciclos
Sobre as pedras dessa rua
Mas se os olhos que podem ver
A poeira investida no chão
Também puderem compreender
Os sinais da palma da mão
Poderemos saber talvez
Quando seremos um
Ou quase nada
Senão
Sempre estaremos assim
Com as pulgas atrás das orelhas!
Autor: Valter Pio dos Santos
13/Mar/2020