Flores espelho
Na vida
Às vezes, sinto-me flor
Mas nem sempre com o mesmo aroma
Mas nem sempre com a mesma cor.
Às vezes, sinto-me simples
Uma vinca ou margarida
Sonho que sou rapariga
Inocente e divertida.
Outras vezes
Sinto-me fenomenal
Sou uma flor especial
Quiçá, um antúrio, uma tulipa formosa
Ou, ainda uma rosa imponente
De um vermelho incandescente.
E, há dias em que, afinal
A tal cor e o aroma
Ficam da tristeza escravas
Fico sem cheiro e sem cor
Das favas retenho o sabor.
10/03/2020
Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In “Muita Poesia e Pouca Prosa”